Faço do tempo o dorso da hora,
qual ferrugem e sopro,
vento e líquido,
ao passar de sua cauda.
Faço da estrada o espanto da manhã,
a esperança do dia é o ritmo do tempo,
o temporal que se funde ao espaço-átomo.
Desde sua queda, o homem não
se vê mais em paraíso,
já se vai longe o delírio de eternidade,
a herança não é maldita,
o mortal se crê em infinito,
e o tempo lhe é a mão que tudo faz,
e o corpo é o fim que o pecado,
origem das coisas,
dá ao tempo suas horas
e às horas o fim do mistério,
como quem faz poema
e nada sabe.
26/11/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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