Desde as veredas de tempo acre,
morde o poema a flor pela chuva.
Desce o castiçal com maldoror de frio,
e os cântaros ressoam a altiva canção.
A febre, flor de susto,
retumba no cadáver sonhador,
ao náutico clarão o poema ferve
de espada e coturno,
e o grito pelo vento ecoa
tal chiste de bruma ao sol.
Vento mais acre da dor perdida,
desespero de vento no caule da selva.
Vento de puro prazer no corpo,
silêncio de vento no braço dormente.
Vai o tempo ao caos de mistério,
revelar o osso da estância,
e do instante, o eterno frio.
Desde os trópicos o negror d`alma
funda seu pavio de canção,
poeta mais tardo da tarde bruta,
poeta d´aurora que a ferida
possui de seus dons de cicatriz.
04/11/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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