Tem vez que o grito
passa às claras,
na escuridão o silêncio
se autodestrói.
Tem vez que o nada dizer
e o só ouvir
é boa educação.
Tem hora de ausculta
às dores do irmão.
Interlocutor veloz,
o que gritas não ouço.
Monólogo pálido.
Diálogo negro.
Gritaria nos bares.
Pobres enredos.
Náufragos enredados.
Paz à palavra, horizonte certo
dos que contemplam o silêncio,
voz e ausculta,
mais ouvido
que garganta,
estar assim aberto
é dom raro,
tudo que ronda
são monólogos
vazios.
22/07/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
Há um dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário