A boca, quando é apequenada
em tons de um boquirroto,
recebe o senão e a reprimenda
devida das mãos de um sábio poema.
Quem, do ardil da confusão
tenta do ferro ferir-me ou
me constranger,
mais pascácio se torna
do que já fora,
e no silêncio torrencial da chuva
mando calar-te sem dó
e poupar de meu coração
tua troça exangue
que de pus e sangue
um dia urdira.
Tenho, da língua trabalhada,
a boca precisa para enumerar-te,
e de farsa e comédia
não se traduz a poesia,
uma vez que ela, plácida a altiva,
te diz o que em tuas mãos traz,
não o teu gracejo,
mas o teu ridículo.
18/05/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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