Nunca amei o profícuo
como dancei prolífico,
rearrumei Hefesto em festa,
destilei soberba com maestria.
Olor de lilás, corpo de cinzas,
eu lutei com o mel da boca em brasa.
A língua estupefaciente
virava fome de litros de sol,
e o sol revestia a possessão
dos anátemas em poção de mar.
Ferve a nobre estrela do caos,
veste preto em Hades,
funde-se à rocha de Prometeu,
traz fogo em seu nariz
de ser eterno
com a terra devastada
de um pária
e de um iconoclasta,
traz no bojo o ritmo de Vênus
com seu desejo
mortificado
de anjo.
14/02/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
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