Têmporas do testamento fiel
que acorda no raio da manhã,
aurora iridescente
que levanta da noite
morta.
Vejo, sem saudades,
imorredoura gaivota.
O poema semeia o caos,
pelo rio montanhoso,
vejo a nuvem sepulcral.
O latido dos cães pelos quintais
anunciam o sol escaldante
de um deserto vermelho
enquanto o sangue corre
na guerra fratricida
entre os idólatras
da veia mortífera.
Quantos sóis verão
boa benesse
nesta balbúrdia?
Olham os cães,
vertiginosos,
mordendo as minhas
pernas,
eles veem a sombra,
e eu, a morte.
07/06/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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