Buscava os segredos da vida,
o universo se comporta
de maneira plural
e controversa.
Monges sabáticos honram
as túnicas das venerandas
razões de tumulto,
a multidão serve ao castelo
da razão fundamental,
a obra dos monges
é a cidadela do sol.
Vejo extáticos de toda estirpe
no campo que volteia vultos
sempre eternos de um coração
louco por semeaduras.
O gênio que se conserva
na alameda é o caminho
da natureza na flor
renascente pelos odores
que a compõem.
Eu estava preso,
a liberdade foi o meu
holocausto,
sacrifiquei dez novilhos
com fumaça tóxica
de esferas metafísicas
que sumiam no sono.
De repente eu vi
a deusa da lua
na couraça de um touro
nas estrelas.
De noite eu senti
a fumaça tóxica
tomar o meu coração
de medo.
A liberdade gritava
numa iluminação
que de súbito
se expandiu
em minha mente
como um oásis
de compaixão búdica
pelas misérias humanas.
A sabedoria da vida
é uma taça cheia de vinho.
Os segredos da existência
não são segredos,
é só olhar o sol
para entender
que a prisão
é ilusória.
O poema escrito está escrito,
e o que se vê em tudo
é que é um mistério.
18/11/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
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