Sentimos a morte e a vida
como uma ânsia de ser o que se é,
devoramento e fuga
para o caminho sem saída,
uma noite para o folguedo
das rosas malditas,
o trono do rei decapitado
pelas loucas suicidas.
Sentimos a vida e a morte
como um grito de dor e prazer
de frente aos símbolos,
uma transcendência da alma
me toma os poros,
e a indecência da carne
me toma a vista.
Sentimos o horror e a beleza
como o anúncio
da morte da vida
num súbito
devaneio
que acaba
na esbórnia
dos impetuosos
campos
de céu e inferno.
A vida é como a morte,
e o prazer de ser o que se é
nos dá liberdade para a loucura.
11/09/2010 Gustavo Bastos
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