Meu passo segue agora
Lorca e Neruda.
A fria madrugada dos olhos
me faz a canção mais clara
de todos os ventos da vida,
como se anda entre os poetas
de uma visão sobrenatural
aos clarins e trombetas
de que se faz o sangue do poeta
em seu cadafalso.
Meu passo segue a poesia mundana
dos caracóis.
Meu passo vai ao rumo dos cantores
de timbre profundo
para que a música
que habita o poema
seja repleta de planuras
de que decerto
urge o tempo
de preguiça
e contentamento
do poeta cigano
de mãos lavadas
pela pomba branca
que um dia
pousou
em seu astrolábio,
poetas são criaturas
terrivelmente belas
e delirantes.
11/09/2010 Gustavo Bastos
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