Todos nascem do acidente,
fonte notável que encanta
o fio da navalha
no corpo e no sangue
da serpente.
O acidente do qual
surge o humano,
com a dor
e o pecado
da trilha
pelo campo
árido
da vida,
é como o anjo torto
em degraus no céu
absorto.
Do acidente nasce a fatalidade,
sua contradição necessária
que da contabilidade dos mortos
sofre uma bruta descida
ao inferno,
e a alma de lá afundada
serve aos senhores hipócritas
do poder que Deus lhes concede.
Todos sofrem a vida inteira
a ressaca desta nau
toda ferida e errante,
nau dos insensatos
que riem a todo instante.
Abra o coração, poeta!
Quando a batalha é pela virtude,
não se entregue aos exílios
de almas desvalidas,
seja o triunfo o teu galardão
de frente ao império da morte,
afirmando paz e luz
depois dos dias
de miséria.
10/09/2010 Gustavo Bastos
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