A coisa, rarefeita que seja,
também se dá ao poema
quando este surge
e se faz.
É como romper uma prisão,
emancipa-se a alma do poeta
e de súbito há um clarão.
O irromper do poema
é a vazão do poeta.
Testemunha que é,
o verso é então declamado
e o espírito incontido
derramado.
Poeta que se faz poeta
no dar-se de poema
e no fazer-se poesia,
eis o destino que enobrece
aquele que do ritmo de uma nau
sabe navegar deliciosamente
ao porto da alma que se enaltece.
A coisa, mais que tudo,
da qual se diz o que se diz,
pode ser qualquer coisa,
desde que seja bela
e bem-dita.
04/09/2010 Gustavo Bastos
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