Não há vagas em meu coração.
Tudo está em suspenso
até a chegada do porvir
que é tanto o que desejo.
Não há saída,
não há nada
que me detenha
no meu passo.
Eu quis morrer com a sorte
de um campeão em tudo,
eu me interessei pelo lado negro
da razão,
eu me vesti de cadáver
numa bruma chuvosa.
As palavras caem como lanças
no meu verso grave e triste,
sou o atroz encontro
da vida com o inferno,
e não sei onde ir
senão para o claustro
do voo abortado
de todo poeta.
19/02/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
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