Quando eu tiver velho o bastante,
quero ser bem sucedido,
planar pelas montanhas e praias
como a gaivota
faz com o mar.
Serei o primeiro de todas as virtudes,
um "gentleman" da lagoa de dinheiro,
na cachoeira em que batizo
meus filhos futuros,
ousado como a faca que mata
a valentia e humilha
o guerreiro sem nome.
Vou ser o astro da poesia
com uma lança enfiada
no coração do editor.
Serei faísca de uma morte
tenebrosa com fundo musical
de horror.
Viverei feliz pelos países
com um avião fugaz
para as fronteiras
da lua,
vou me deliciar no céu
e refestelar-me
numa nuvem
de ouropéis
e badulaques.
30/01/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
Há um dia
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