Desejo a morte
como quero a vida,
o que será de mim
nesta via esquecida?
Ter a carne corrompida
em queda e desilusão
é como acordar nu nas ruas
da vida sem muros e proteção.
Toda vez que tenho o pesadelo
de ouvir uma sombra e uma risada,
sou levado de súbito como o tempo
para o lugar dos humilhados,
caio prostrado em terra
pois vi Elias cavalgar
no templo de Salomão,
senti que as pragas do Egito
foram bem vistas pelo
dileto filho José,
e tudo que ecoa na antiga sombra
é a voz de Lúcifer
na desdita de sua
falsa unção.
O senhor da morte
me passou ao silêncio,
eu tive que pecar
para entender
tanta dor de coração
numa pátria sem medo
e sem rumo,
sou o poeta que desfalece
na miséria do verso.
09/01/2010 Delírios
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há 2 semanas
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