Estás só, como a flor solitária e silente
num amor resplandecente
de ter apenas o seu canto na alta noite
dos clarins.
Estás só porque queres estar assim.
O pouco que sobra desta meditação
é o doce vinho das lembranças
e amargo é o fim da esperança.
Estás só na vida e na bruma,
absorve todas as ânsias de amar
na fé em Deus e nas suas palavras
sacramentadas e divulgadas,
não és o único,
e nem tampouco sabes se um dia
terás em ti o amor das relvas.
Estás só por que queres?
Estás por que assim se dá a tua existência?
Rejeitaste a unção do teu corpo?
Ou foste rejeitado em teu amor?
Estás só, como a primeira sensação
de quando morres.
Estás só e nada te cativas suficientemente
para dizer que amas verdadeiramente.
Estás só em teu pranto e sorriso.
Estás só na canção de teu rancor.
Estás só e desesperado.
13/03/2009 Gustavo Bastos
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