sábado, 13 de novembro de 2010
POEMA SOCRÁTICO
Que sei eu quando me faço perguntar pelas coisas?
Nada se tem como disciplina férrea
senão o perguntar dos porquês.
Nesta matéria sei o bastante de questões
que pairam em minha cabeça que pensa.
E penso em parar num instante repentino
e dosar as perguntas com um tanto
de sapiência farsesca.
Pois, se não é o termo exato,
não temos exatidão alguma
no que pensamos e perguntamos.
Para nós que pensamos
está inventada pelo homem a filosofia.
Para nós que investigamos a natureza
está inventada a ciência moderna
com os seus métodos, experimentos e teorias.
Mas, o que cabe a nós?
Se dizem que a resposta é Jesus Cristo,
nós o sabemos se o seguirmos de coração.
Se dizem que o espírito é que sabe
e que o ser mortal nada sabe
enclausurado em seu corpo e na matéria,
nós também o sabemos.
Qual é o conhecimento de todas as coisas?
Que seja o homem então carente de onisciência
e cheio das dores do mundo.
Que seja o homem então conforme
ao que pergunta e aos seus porquês
dizendo no fim: Não sei.
16/03/2009 Gustavo Bastos
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