Proclama o teu triunfo sobre o meu coração
viçosa espada do meu relevo subterrâneo
destrói a palhoça com fogo e cachaça
vira o mundo ao contrário para o alto
Desdita é a tumba do horrível suicida
ele teve o ventre e as pálpebras diluídas
Oh mármore ancestral
eu era a coluna que servia ao templo
e o seu ar orquestrado
finalizava uma obra magnífica
de guerras e conquistas
Oh fundo esplêndido da montanha
faz de minha sombra um alvo
faz de meu peito um panorama da morte
Eu fui refém das encostas periclitantes
de um nardo e um sândalo meditativos
eu contemplei o Bem
e o Bem era uma visão do sol
e o sol era o recanto
em que Deus borbulhava de tesão
eu fui refém do pranto armado
na palmatória do mundo
que um dia eu ousei ser
e que agora não passa
de um delírio juvenil
o poder da espada
09/01/2009 Gustavo Bastos
sábado, 23 de outubro de 2010
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