Em lagos congelados lanço
o meu mal verbal e impreciso,
das fontes ígneas da luta mortal
estou ceifando o poema pelo meio.
Perto de morrer eu vivi,
e vivo na hora terminal
do sol que se vai com a noite.
O solo está repleto de odores,
desta terra brava escarlate
doura o fogo das minhas
entranhas.
E na sarça Deus se ilumina
do fogo pentecostal,
seus fiéis rumam para o mar,
e a guerra se anuncia
numa vinha crepuscular.
Neste frio em que o rio se perde,
tenho o calor da nascente
canção de adeus.
13/10/2010 Delírios
Gustavo Bastos
terça-feira, 19 de outubro de 2010
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