PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

SERENATA DA ANTIGUIDADE

SERENATA DA ANTIGUIDADE


Mais adorável que o licor de fogo

Dos meus altares, dóceis animais

Com os calores do monsenhor

Que bebeu tal licor

Comedido em ardência de generais

E que trouxe a calma ao seu próprio corpo

De uns baluartes que não abriam a dor



Palavra sem bosque

Urna do nada que ali queimava

Licor dos ódios e dos rancores

Com a palavra bêbada que cantava amores

Ali no fim do estoque

E que tudo levava

E que ainda nos dava choque



Amanheceu na praia planície alegre

Aonde o céu se fazia campestre

Eu nem sabia como cantar ao mestre

Do meu olhar de amores e faróis

Que não dormiram nas noites passadas

Dos tantos heróis

Das ruas destinadas

Aos nossos mais libertinos

Padres meninos



Bela época no sol eterno da alma

Que a luz perca a sombra

E que os corpos nus dancem na onda

Fraterna que agita a saturnal de alfa

Que nos anjos arqueiros faz de conta

Em tudo no belo brilhante em que a mulher desponta

Meu cais, que o idílio afaga com a palma



Minha adorada celeste

Que mais se entrega

Ao sol de uma clara fera

E que vem com meu ar agreste



Eu delirei como êxtase místico

Do lar e do vício lírico

No mar com o início de uma esfera

Deleite tal primavera

Delíquio tal martírio

Como filho de uma nova era

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