SERENATA DA ANTIGUIDADE
Mais adorável que o licor de fogo
Dos meus altares, dóceis animais
Com os calores do monsenhor
Que bebeu tal licor
Comedido em ardência de generais
E que trouxe a calma ao seu próprio corpo
De uns baluartes que não abriam a dor
Palavra sem bosque
Urna do nada que ali queimava
Licor dos ódios e dos rancores
Com a palavra bêbada que cantava amores
Ali no fim do estoque
E que tudo levava
E que ainda nos dava choque
Amanheceu na praia planície alegre
Aonde o céu se fazia campestre
Eu nem sabia como cantar ao mestre
Do meu olhar de amores e faróis
Que não dormiram nas noites passadas
Dos tantos heróis
Das ruas destinadas
Aos nossos mais libertinos
Padres meninos
Bela época no sol eterno da alma
Que a luz perca a sombra
E que os corpos nus dancem na onda
Fraterna que agita a saturnal de alfa
Que nos anjos arqueiros faz de conta
Em tudo no belo brilhante em que a mulher desponta
Meu cais, que o idílio afaga com a palma
Minha adorada celeste
Que mais se entrega
Ao sol de uma clara fera
E que vem com meu ar agreste
Eu delirei como êxtase místico
Do lar e do vício lírico
No mar com o início de uma esfera
Deleite tal primavera
Delíquio tal martírio
Como filho de uma nova era
Quem sou eu?
Há 2 semanas
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