Ao enfado resta a desonra, o tumulto
do coração que esfria e enruga.
Dai todo o teu pendor, doa a tua
energia. Algum caso sobrará?
Alugaram o teu espírito,
teu corpo disciplinado
agora é dócil. Espanta
ver tal vida achatada
sem mais?
Glória à matança
dos sonhadores!
Lá gritavam os fanáticos
obreiros da desilusão,
da farsa deglutida
à fórceps, a dizer
que as lendas não
existem e que toda
rebelião anímica
está fadada
a sucumbir.
Pois, de trás da nuvem
escura, tal sol ainda vive,
contempla e vê,
com olhos alegres,
a vitória da vocação,
onde o peito abre
e se ergue em plenitude,
quebrando o paradigma
insalubre dos carrascos.
17/11/2023 Gustavo Bastos
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