Se faz ao escarcéu esta plêiade bêbada,
um hino retumba soçobra e se faz de louco.
O peito intumesce de vinho, todo o ardil
está se refestelando impune nestes miasmas
kármicos da bacanal e de seu teatro absurdo.
Este habitante da floresta, um demônio
do bosque, que fulgura nos olhos
a chama dos grandes trágicos,
verseja sob o manto tantálico
de uma obra dispersa e inacabada.
Prorrompeu a onda e o pecado de seu batismo.
Os escravos da lamúria e o choro diante
das muralhas de mármore,
dos açoites do vicário,
das doenças marinhas
e da alucinação
oceânica.
Vamos agora ao vício mais abúlico,
à sedação do sono morfético,
para ver a contemplação
e sua unyo mystica,
seu fervor de anacoreta
sob o domínio de uma papoula.
Vamos ao sonho paradisíaco
e fatal deste canto hipnótico,
navegando mais além
da morte e da vida,
na diabolice da fuga.
Vamos ao mistério
da flor de lótus
e de sua seiva
satânica.
Gustavo Bastos 11/09/2023
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