Os olhos contemplam a luz,
a palavra imita o som
do verbo e a luz
na matéria.
O plasma da escrita
tenta uma vã alquimia,
com os ventos sacados
à sorrelfa, num canto
súbito de alegria.
Tanta arte, pretensa alquimia,
faz um espanto exangue
de tíbia filosofia,
uma religião de
malucos que
nos versos
e na prosa
sonham belos
sonhos,
em paraísos
de latão,
mas com
todo o ouro
e a prata
da imaginação.
10/04/2023 Gustavo Bastos
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