Lá longe, no mergulho de um rio,
a vida doce, e tudo o que germinava,
as delícias eram muitas,
e o tempo não corria.
Bem que os dias explodiram,
uma sede de liberdade
se bate com demandas
aos borbotões,
os corpos dóceis
da máquina
e o governo
do tempo
fundam
a guerra.
Lá onde o poema quer respirar,
é de ser tão forte e robusto,
que os contrafortes são derrubados,
um tear leve também pode detonar
sedições cruéis e batalhas inglórias,
contra nós nada, ninguém resiste,
somos os donos da palavra,
somos os que receberam o dom,
o horizonte sempre foi nosso,
o que se tentou erguer
perante o talento está
destruído.
30/03/2023 Gustavo Bastos
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