Trota este cavalo xucro,
e bate no buraco
toda esta bruta lida
incolor,
e o canto,
mais um lamento,
cai qual ladainha
com as mãos feridas
no debulho.
Avante o corte
e a dor do facão,
em que cai semente
e choro, e que vai
de frente ao
aluvião.
Nada deste poema
sofre mais que
peito dorido
na desilusão,
da lida virada
sem flor,
e enrijecida
na mais valia
intumescida
de veneno,
mercúrio
e carvão.
19/12/2022 Gustavo Bastos
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