Pela câmara de eco
o som ganha corpo
e tem na sinestesia
um senso de ar,
veloz o vento
cadencia seu sopro
pelo canto que ondula.
O mar rebate, seu marulho
encanta a sereia,
que rouba o navio
com Ulisses preso
ao mastro.
Desta vez,
a ilha do tesouro
estava longe,
um oásis brilhava
com suas cores
no deserto de Kilimanjaro.
Sem água, o beduíno
viu este oceano
em volta de seus
camelos, e o som
da sereia soprava
este oásis,
miragem,
ficção,
que a poesia
tentou decifrar
em vão.
04/11/2022 Gustavo Bastos
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