“temos artistas fazendo suas obras independentes ao entrar para comunidades de criptoartistas”
No mundo dos jogos virtuais, o NFT tem um espaço de grande
exploração e expansão, pois já temos o caso de comércio de itens exclusivos
dentro dos jogos, os chamados colecionáveis digitais, podendo incluir qualquer
item escondido pelo game.
Temos, ainda, exemplos que vão além, como o do game
Cryptokitties, que tem como objetivo coletar gatinhos com genomas digitais
únicos que definem sua aparência e características, e os jogadores podem criar
os seus próprios gatos, dando origem a um novo e exclusivo personagem dentro do
game.
As raridades, por sua vez, também são um nicho a ser
explorado no mercado de NFTs, como foi o caso do primeiro tuíte do Twitter, que
foi o do CEO da rede social. E as vantagens do NFT, além da autenticidade
garantida, é pelo fato de um NFT não poder ser falsificado, e ele ainda atua
num mercado sem mediação, diretamente pela transação em blocos do Blockchain, o
que garante um mercado desburocratizado, onde existe um acordo direto entre
comprador e vendedor.
A venda de um NFT por um artista ou proprietário de um bem
colecionável, por sua vez, ainda pode ser objeto de pagamento de royalties para
o criador do NFT, pois os artistas podem adicionar royalties de forma
automática aos contratos digitais firmados na venda dos ativos, fazendo com que
o token, mesmo sendo revendido várias vezes depois de sua venda pelo artista,
este artista ou criador continue recebendo uma parte do lucro destas revendas
para sempre.
Os NFTs ainda poderão atuar na digitalização de todos os
direitos de propriedade intelectual existentes, trazendo ainda fontes de renda
extra para outros segmentos, por exemplo, no caso da Taco Bell, com a empresa
lançando uma série de GIFs vendidos por lances que buscam incentivar a
fidelização do cliente.
A criptoarte, por sua vez, um dos destaques da expansão dos
NFTs, utiliza o Blockchain, tendo os artistas a possibilidade de vender sua arte
digital (criptoarte) de forma segura, e virou um mercado em que este artista
pode vender a sua criptoarte para qualquer colecionador do mundo, valorizando o
artista.
E temos estes artistas criando galerias com essa tecnologia,
e produzindo obras virtuais numeradas ou únicas, obras nas quais os artistas
usam a Blockchain para assinar e autenticar as mesmas, sejam criptoarte, crypto
art, ou cripto-colecionáveis.
A assinatura Blockchain é conectada a uma arte digital que
pode ser uma pintura no formato PNG, uma fotografia, uma música, ou ainda uma
animação gráfica abstrata, podendo também ser gráficos, vídeos ou animações.
A criptoarte pode ser vendida nos chamados marketplaces, que
são sites especializados em compra e venda específicos para estes itens de
NFTs. O mercado de criptoarte se expande devido a esta segurança de envolver
itens que não podem ser falsificados, e que podem ser negociados usando
criptomoedas que podem ser convertidas em dinheiro normal de qualquer país.
Neste mercado de criptoarte que se expande, por sua vez,
temos artistas fazendo suas obras independentes ao entrar para comunidades de
criptoartistas, eles se reúnem em plataformas como o Telegram, o Discord, o
Minds, o Crowdcast e outras plataformas. Estas plataformas de criptoarte são,
em sua maioria, de caráter colaborativo, como o site dada.art, no qual estes
artistas derrubam conceitos tradicionais da economia de arte.
Com este caráter colaborativo, a valorização destas obras de
arte digital são feitas, uma vez que os negócios são feitos sem intermediários,
com artistas que podem variar as as suas atividades criativas entre arte
digital, gifs e vídeos, tornando estas plataformas um ambiente de
experimentação artística, e com bastante troca de informações. As plataformas
de criptoarte, por fim, servem para democratizar a produção de arte e valorizar
os artistas.
Gustavo Bastos, filósofo e escritor.
Link da Século Diário : https://www.seculodiario.com.br/colunas/o-nft-a-criptoarte-e-suas-novidades-parte-ii
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