Com sede filosófica se ergue
o tal conceito das coisas,
um autor que se preze
deixa seu preâmbulo
bem azeitado,
para sentar pua
na fundamentação.
Fico zonzo ao ver o budismo
esturricado de Schopenhauer,
as voltas enfadonhas
em ser e tempo
para verificar
por todos os ângulos
as cagalhufas do utensílio,
um ser que existe
e é responsável
se destina ao nada,
Sartre nos oferece,
eis o desespero
que explode então
com Cioran,
o profeta do suicídio,
falo desta filosofia pessimista,
que tem em Kierkegaard
seu fundador,
e que se arrebenta
com ser para a morte
em potente angústia
de fundação heideggeriana,
quando haverá a filosofia
do otimismo?
seria necessário ao homem
ser tanto pleno como imortal,
no entanto, como isto é sonho,
quem delira em tais coisas
é a arte, com a poesia
fazendo sua ceninha
do belo para
consolar o mundo,
o que a religião também faz,
mas não com prazer,
mas como estatuto da verdade,
o que volta ao sofrimento
e diz que vem do pecado,
e voltamos ao mantra budista
que se espatifa
e nos dá o êxtase
como escape,
voltemos à arte!
27/10/2018 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
Há uma semana
Nenhum comentário:
Postar um comentário