No rio da prata um pescador
olhava o borrado marrom
e imenso, Almado González,
também bebedor de malbec,
um astuto jogador
de carteado.
A bem da verdade, seja alhures
suas apostas, o rio mancha
seus olhos em flor,
o rio da prata,
imenso,
em sua alma na
amplidão.
Visto de cima, o rio é o ventre
mais caudaloso do mundo,
uma bacia com o rigor
da correnteza,
e as varas de pesca
em meio ao burburinho
do aeroporto.
Conheci Almado González,
um torcedor do river
nascido em Rosário,
com o suor do rio
da prata em seu rosto.
04/04/2018 Gustavo Bastos
A Hora das Fornalhas
Há um dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário