Levanta e anda!
À cada um, bem o sabeis,
as suas próprias vidas.
Destarte, o meio campo entre
os jornais e os anúncios,
a carta de despedida
é um mal menor,
todos estão assustados
com o ataque frontal
das armas.
Alumia este brio de extermínio,
como em novelas violentas
e filmes híbridos entre o tempo ido
e o tempo vindouro,
como poemas russos
na flor da revolução.
Levanta e anda!
Tuas contas estão como um negror aviltante
de guerra, o teu terço socorre a febre
montada nas dores de senzala,
corre e come o que tens!
À cada um os seus doces e amargos,
e todos os dias comemos farinha
com as mãos, e cada dia como um sopro
ganhamos e perdemos a canção.
07/04/2017 Gustavo Bastos
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