A alma, uma peça de teatro, o fantasma
que serve ao último sinal, não se socorre
de seu próprio fogo, não desvia o pecado
que lhe clama a pecar, ferve em sua pena
esta água brava dos poemas no susto.
Risos espoucam sobre os faunos,
uma cor rubra fervilha nas rondas do poeta,
e os sorrisos lhe enervam as lágrimas.
Pois está dado seu campo e seu caminho,
tal a estrada de toda a vida porvir,
pois de lume vigor e fado,
pois está de destino e atração
a luta tresloucada,
com um poema brotando
de súbito.
A alma, esta estrangeira dos tempos modernos,
não se socorre desta alegria e nem do êxtase,
não desvia o pecado que lhe chama,
e qual fogo derrete o coração ao tiro da morte,
A alma não se evade deste termo capital:
seu luto e sua luz não são deste mundo.
21/09/2016 Gustavo Bastos
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