Pedrarias quais opalas,
rio de temor.
Com que ás o hausto
se dá ao poema?
Pele de risco, a guerra soturna
embasbaca o mais sutil,
envaidece o mais idiota.
Fruto da serpente, o vinho sem lei.
Déspotas das linhas retas de armas,
rotas de fuga pela última fronteira
onde morre o sol,
as letras ensolaradas morrem de sede,
as letras suadas morrem desertas.
Pedrarias quais topázios,
em flora ametista
o mistério pulula fogo,
colunatas e capitéis
de frisos, as noites dóricas
e góticas, as bocas das Fúrias
na vinha e sarça queimadas,
sem os gritos de fúria
não há mitos,
estas arquitraves sustentam
o olimpo e as pedras roladas
do poema.
31/07/2016 Gustavo Bastos
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