Regente Sol, à centúria espoucada
da bomba de Sêmele,
como sois Prometeu
em ebulição,
és fogo.
Dádiva, ambrosia.
Volta e meu cartucho de poema
sementeira de sal nasce,
aurora d`bruma,
que vou apagar com mel.
Regente Lua, os lunáticos.
Hölderlin e seus poemas
de duas pontas,
o hino e a loucura.
Regente Saturno, à sétima casa,
Rei dos mártires, carta da fortuna,
e o enforcado está lá,
Villon, o farsante.
Touro indômito, carta da fada,
um ser Cérbero aparece
em sonho, a mulher está rosácea
numa viagem de ácido,
bem astuta com vinho derramado
da boca, e seu linho todo preto
em frente aos nenúfares,
que sois sol, lua e saturno.
Montado o teatro dos vampiros,
regente Marte, o ataque frontal,
Mercúrio em demasia,
a mensagem seminal,
morre Joana D`Arc,
a voz da tempestade ecoa,
ela leva sua espada,
corta ao meio o poder.
Bruto o torpor de azaleias,
rosas brumosas,
lívida anca aluada,
rica em trovejar,
como um poema ferrenho.
Hefestos, o regente metal,
a carta diz:
a obra é qual edificação de ferro em brasa,
sem as dores vividas
não se faz aço viril,
e sem a felicidade suprema
não há primavera
no fim.
31/07/2016 Gustavo Bastos
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