O estudante de artes Plínio Ribeiro Alves, que era um dos
destaques na universidade e da nova geração de pintores e escultores na sua
senda de arte politicamente engajada, tinha um senso de justiça misturado com
ojeriza e até certa intolerância com os passos lentos da sociedade em matéria
de fim das contradições morais, não era um moralista, no entanto, seu intento
mais forte era de um pendão libertário ao extremo, junto com sua namorada,
escultora de arte bizarra, que era seu senso crítico ativo quando este se
excedia.
Plínio, das artes que fazia, já começando a despontar como
nome artístico, com algumas matérias em jornais alternativos, queria fazer
sucesso como outsider, ou seja, usar as mídias mas não ser usado pelas mesmas,
o que, muitas vezes, poderia resultar em futura frustração, pois poderia,
facilmente, ocorrer o inverso, e isso à sua revelia. No que, em dois anos, em
uma relação boa, foi nascendo em suas entranhas uma certa revolta com o andar
da carruagem, em sua mente começava a maquinar uma atitude drástica, não se sabe
como e nem quando ou o porquê, mas ele esperava o momento certo.
Sua namorada, Jussara, e seus dois amigos da informática (não
me pergunte por que cagas dágua eles não eram das artes) , José a Alfredo, e
mais sua melhor amiga, dependente de cocaína, jubilada em Filosofia, Doroteia,
era um grupo coeso, que já tinha plataformas que misturava a arte e a política
com tintas delirantes de uma nova “ordem de justiça”, e do “bastão do forte
sobre a opressão”.
A oportunidade surgiria, logo Plínio e seus asseclas saberiam
todas as razões disso, e não seria num velho clichê contra a burguesia, mas
algo que nascia no seio da família de Plínio, uma súcia repetitiva de anódinos
alienados, ricos de herança que caíram na mediocridade, do que Plínio mantinha
uma certa distância, dormindo constantemente na própria universidade, envolto
com seus projetos de arte que davam certo, mas que o faziam sempre discutir com
algumas mídias sobre “erros de informação e conceito”.
Jussara era uma espécie de faz-tudo do grupo, a única que
tinha senso prático num meio sempre delirante com ataques futuros à “sociedade
hipócrita”. Doroteia era uma presença divertida, e só. José e Alfredo uma
espécie de dupla dinâmica que agora se tornavam hackers para destituir
patrimônios de incautos. A festa em questão, do outro lado, na família de
Plínio, era um rebuceteio de egos inflados que não tinham destino nenhum,
Plínio se enfurnava na sua célula, no seu esconderijo de arte e revolução, e
tinha o motivo e a razão de seu futuro, ao contrário de seu pai autoritário,
que já nem conhecia, e sua mãe retrógrada politicamente, e seu tio, militar, o
que ele odiava.
Seu pai, Patrício, sua mãe, Joana, seu tio, irmão de sua mãe,
Henrique, o filho de seu tio, seu primo, Carlos, playboy convicto, alienado por
profissão. Uma prima distante, que voltou dos Estados Unidos com febre
consumista, Daniela. Cinco cachorros dobermans na casa de seu pai, quinze gatos
siameses na mesma casa, uma foto de Hitler na casa de seu tio, além de um disco
de vinil com seus discursos hilariantes na casa deste mesmo tio.
Tudo estava errado, na cabeça de Plínio, ele tinha que fazer
alguma coisa. Logo, Jussara é expulsa de casa, Doroteia tem uma overdose e é
internada compulsoriamente pela família, um dos inúmeros golpes financeiros de
José e Alfredo é descoberto, os dois são presos. Os dois logo resolvem criar
uma célula nova no interior da cadeia, com um ex-traficante de nome Mauro, que
agora era um novo intelectual que começou a ler incessantemente desde o início
de sua pena de 5 anos, ele já estava no seu último ano de reclusão, e tinha
mais dois cooptados na aventura da leitura, ladrões pé de chinelo que viam
naquilo uma espécie de salvação, Jonas e Arthur. Jussara, que fazia arte bizarra,
não ia tão longe em repercussão como Plínio, mas Plínio não tinha controle financeiro
e administrativo da célula, era cargo vitalício de Jussara, o que o deixava à
vontade para continuar produzindo arte e discutindo “erros conceituais e de
ideias” com uma mídia escrotizante.
Henrique idolatrava Carlos, e vice-versa, era uma fusão de um
militar e de um playboy em mútua admiração de expectativas realizadas, Daniela,
sobrinha de Patrício, queria se casar e fazer uma festa “para a sociedade”, ela
já era uma espécie de arroz de festa nas colunas sociais e tentava emplacar uma
vaga num reality show desde que voltara ao Brasil.
Plínio resolve, como primeira ação, envenenar os gatos e cachorros
de seu pai, dá certo, no que seu pai fica puto e promete matar o “filho da puta
que fez aquilo”. Compra mais três dobermans, que são envenenados também um mês
depois por um Plínio mascarado em ação noturna, sem alarme, pois ele tinha a
senha e as chaves da casa. José e Alfredo conseguem, depois de um ano, e muitas
conversas com Mauro, já um novo membro da célula, um relaxamento da pena,
acabam com habeas corpus, na mesma época da soltura de Mauro, e os três vão à
universidade conversar com Plínio e Jussara, Doroteia passa por uma
desintoxicação angustiante, faz o papel da boa moça, sai da clínica e vai
correndo atrás de cocaína, no que ganha o apoio de Plínio, que também queria ver
os familiares de Doroteia pelas costas.
Plínio não usava drogas, mas fumava como uma caipora, numa
onda de artista com aura e tudo o mais, o que a mídia especializada corroborava
sem saber do desprezo que o mesmo nutria pelos constantes “erros de comunicação”
daquela súcia paralisante de críticos com cacoetes interpretativos da arte contemporânea,
e era a razão de sua ojeriza por Koons e quejandos, arte de plástico não fazia
a sua cabeça, ele queria ser um Brecht torto e tortuoso, só que com pincéis e
goivas.
Plínio tem uma ideia que ele julga “genial”: raspar o cofre
do pai, do qual só lhe faltava a senha, e tinha um problema, Plínio não
aparecia formalmente na sua casa há uns bons cinco meses (tirando o fato de ter
envenenado os bichos da casa), e tinha que arrumar uma desculpa pelo seu retorno
e um jeito de entrar no quarto de seu pai sem ser notado, ou inventar uma outra
desculpa de que precisava de dinheiro para seus projetos e tentar “ver” seu pai
abrindo o cofre.
Ele teria que ir sozinho lá, só quando estivesse seu pai
Patrício lá. O que ele não sabia é que suas digitais já tinham sido colhidas no
caso do envenenamento dos cachorros, pois Plínio, displicente, não usara luvas
no ataque, só a máscara e uma roupa toda preta. A perícia logo chegaria a ele,
e ao chegar em casa, fica sabendo disso pelo pai, que disse mais uma vez que “mataria
quem fez aquilo”, ao que Plínio pensou que tinha que agir rápido em relação ao
cofre e agora também em relação a uma fuga e uma troca de identidade.
Consegue vislumbrar uma possibilidade: pede ou tenta
convencer o pai de que precisava fazer uma viagem de estudos, e por sorte,
quando seu pai abre o cofre, ele vê um cartão cair do bolso do mesmo sem este
notar, e é justamente lá que ele encontra a senha do cofre, e na madrugada
seguinte, sabendo que o pai viajara junto com sua mãe, com a casa vazia, se
sentiu roubando doce de crianças, tinha cinco milhões de reais em espécie nas
mãos, vai direto para o aeroporto, iria para o Paraguai forjar uma nova
identidade. Danton Leite Cabral.
Jussara vai um mês depois para discutir como ficaria a célula
com sua ausência temporária, e ele disse que seu substituto natural, naquele
tempo, seria Mauro. Enquanto isso, Patrício esbravejava ao saber que tinha sido
seu filho que tinha matado seus bichos, e que provavelmente tinha sido também o
infeliz que levara todo o dinheiro de seu cofre. Mas, como era seu filho, ele
desiste do processo, e reza por saber notícias do mesmo.
No Paraguai, com cinco milhões, envia três para a célula, e
fica com dois, levando uma vida de nababo por um ano em Assunção. Decide, no
meio disso, já como Danton, conhecer toda a América do Sul, com seu passaporte
falso e seu espanhol fluente que “não dava nas caras”.
Depois de um ano, com a presença intermitente de Jussara, ele
volta ao Brasil, para São Paulo, onde abre uma tinturaria, sua arte, a esta
altura, já tinha ido para o espaço, a mídia especializada em arte dizia que seu
sumiço tinha sido estranho, mas ele não tava nem aí, preferia que achassem que
ele tinha morrido ou virado morador de rua depois de um surto. Sua prioridade
agora era a célula e qual seria a estratégia de choque, até agora aos cuidados
de Mauro, que tinha lido tudo de Marx, Engels, Lenin e Trotsky, embora para
Plínio sua orientação própria fosse mais intuitiva e “artística”, sem muita
ideologia, só com o que sabia que não queria. Ele tinha uma só uma ideia vaga
de De Quincey, do tal “assassinato como uma das belas artes”, pois achava o
título interessante, mas sua obsessão por pincéis e goivas não lhe dava o tempo
necessário para as tentativas frustradas de doutrinação da célula por parte de
Mauro.
A política de Plínio era chocar, a de Mauro mudar o mundo. E
começa uma disputa entre os dois, e Plínio começa a se arrepender de ter Mauro
na célula e de ter lhe dado tanto poder por um ano. Nisso, chegam mais dois, da
prisão, os amiguinhos de Mauro, Jonas e Arthur, marxistas novos egressos do
regime penal. Plínio começa a matutar um jeito de boicotar a tentativa de
controle absoluto de Mauro na célula, e reivindica seus direitos, por ter sido
ele, Plínio, o criador da célula, e que seus viés político era artístico e não
ideológico, e começa uma disputa de ideias que viraria uma luta de poder.
Luta que Mauro ganha, por um momento, ao fazer chantagem com
Plínio de que o entregaria para a polícia, sabendo muito bem que agora Plínio
vivia uma vida dupla. Plínio decide sair da célula que criou, e decide destruir
tudo num plano de assassinar Mauro envenenado. Mauro agora batiza a célula que
nunca tivera nome de “Liberdade Marxista”, e Plínio conclui que teria que
retomar as rédeas de sua célula eliminando Mauro de seu caminho, e também teria
que saber como dar conta de seus cooptados Jonas e Arthur, que só repetiam o
que o mestre Mauro repetia dos livros, no que Plínio concluiu que os dois não
seriam assim um problema, pois era só fazer uma nova lavagem cerebral nos dois
patetas.
Plínio então entra num dilema em relação ao seu trabalho
artístico, que meio que tinha ficado para trás naquela confusão toda de vida
dupla e célula, e tem a ideia de usar um pseudônimo e não aparecer, que nem
Banksy. E tem sucesso, Danton (Plínio) usa um pseudônimo estranho e político “Bertolt”,
mesmo que nunca tenha sentado para ver ou ler Brecht, pois era um louco dos
pincéis e das goivas, e agora começou a pichar Bertolt por todos os lados de
São Paulo.
Com umas mensagens paradoxais também em lambe-lambes, virou
um vanguardista, com um novo estilo, e ninguém nem sequer supôs que Bertolt era
o garoto crítico Plínio, que desaparecera para sempre. Sua vida dupla agora era
como Danton e Bertolt, e Plínio planejava coisas mirabolantes, e consegue envenenar
Mauro com estricnina, depois de uma luta corporal com o mesmo, escapando de uma
facada no meio da luta, pois os dois tinham feito Judô, mas Plínio era mais
graduado, e os dois sabiam disso, mas Mauro achava que Plínio estava apenas enlouquecendo
ao propô-lo uma briga, sem perceber seu ardil e fazê-lo desmaiar numa
imobilização e ministrá-lo o veneno dos venenos.
Plínio então vem com uma estória fabulosa de que Mauro havia
fugido para um morro no Rio de Janeiro, no que Jonas e Arthur caem como dois
patinhos, e Plínio decide que, ao invés de usar os dois, expulsaria ambos, “pois
estes não tinham cérebro”, e a célula volta ao antigo sistema, com Plínio tendo
ideias delirantes, e Jussara cuidando das contas, já que Plínio era um
esbanjador, e Doroteia só piorava o ímpeto gastão de Plínio.
Os dois mestres da informática, José e Alfredo, já mais
discretos nas suas investidas de hackers, eram a verdadeira parte “cerebral” do
grupo, e Plínio sabia disso, ele nunca fora bobo, selecionava as pessoas
certas, com exceção de Mauro, que ele julgou que fora um “erro de cálculo”. Plínio
então retira o cartaz “Liberdade Marxista” da entrada da célula numa casa
alugada, e ele também tinha mais um apartamento alugado, que era dedicado aos
seus novos trabalhos como o misterioso Bertolt. E Plínio, ao retirar o cartaz,
pensa consigo mesmo que tinha se livrado daquela esparrela ridícula de
doutrinação, e mais uma vez, como artista, Plínio não queria ordem, queria o
caos. Seu senso de justiça de jovem virara, depois de levar sua vida de nababo
no Paraguai, em cinismo seletivo e frieza calculada. Até Jussara já não fazia
mais parte de seu horizonte, pois começava a alimentar sonhos egoístas de
choque e ruptura radical.
Só que, no entanto, ele tenta uma reconciliação com Patrício,
seu pai, e resolve aparecer do nada na sua casa. Patrício chora, não entende o
que Plínio tinha virado, e Plínio conta a história toda, no que recebe, apesar
disso, a proteção e apoio resignado de Patrício, que de autoritário virara, de
súbito, uma manteiga derretida pelo filho maluco que tinha. E Patrício diz a
Plínio que teria uma grande festa de casamento de Daniela, sua prima, que agora
era uma sub-celebridade de reality show. Plínio não poderia ir, e Patrício só
dá a notícia, meio sem jeito, já sabendo que a vida dupla, tripla, do filho, já
o colocara definitivamente distante da vida familiar.
Plínio agora era Danton, Bertolt, e o que mais viesse à
cabeça. Jussara briga com Plínio no dia seguinte, por um motivo bobo, pois
Plínio desaparecia do nada, e ela ficou paranoica de que ele tinha amantes, no
que Plínio, percebendo a oportunidade, expulsou Jussara da célula, que ficou
revoltada, mas jamais denunciaria a identidade falsa de Plínio, pois também
usufruíra de seus delírios de grandeza no Paraguai, e era grata, apesar de
tudo, por aquelas aventuras que só um outsider poderia proporcionar para a vida
dela. Mas ela sumiu de Plínio, e tentou a sorte mais uma vez com suas artes
bizarras, enquanto o tal Bertolt que ninguém sabia quem era fazia um sucesso
digno de Banksy e Samo. Mas Plínio não estava nem aí, já tinha rompido a linha
entre a célula revolucionária e a vida errática, “artística”, no sentido mais
profundo de uma aura de ruptura com o status quo, que ele canibalizara com
Bertolt.
Agora Plínio contava com os dois geniozinhos do golpe
financeiro, José e Alfredo, e com sua amiga Doroteia, que sempre foi um
oxigênio naquela célula maluca de arte de pseudo-revolucionários, pois Doroteia
conseguia não ter nada na cabeça, ao mesmo tempo que reunia em si uma
inteligência de vivência que ninguém ali sonhava ou concebia ter um dia. Plínio
estava, na verdade, se enroscando na própria esperteza e ambição, mas já tinha ultrapassado
a linha, como disse. E agora seu plano era sacanear o tio militar e hitlerista,
como o começo de um novo plano da célula, que então não tinha nome novamente,
pois Plínio gostava de chamar a célula de célula mesmo, sem mais.
No meio disso, Jussara vai ao pai de Plínio, desesperada,
pois temia pela vida de Plínio, e que tinha levado uma vida interessante e
perigosa, mas que agora só queria fazer esculturas em paz, no que Patrício diz
que já sabia da vida dupla (tripla) de seu filho, Plínio era agora uma espécie
de agente duplo de si mesmo, e com isso na cabeça vai à casa do tio convidá-lo
para uma rodada de sinuca, com a intenção de torpedeá-lo com ironias para os
dois brigarem, Plínio era reconhecido como o gênio Bertolt, mas jogava tudo
para o alto, pois já tinha se enrolado o bastante, e agora só queria ver o
circo pegar fogo, como se não houvesse amanhã, e havia. A intenção de Plínio,
na verdade, era provocar a ira de Henrique, seu tio, ao desconstruir Hitler e
seu filho Carlos, que ele tinha ojeriza, e que já participava de uma célula
clandestina de White Power, o que levou Plínio a tomar uma providência.
Só que ao lidar com Carlos, Plínio começava a mexer num
vespeiro de proporções catastróficas. O White Power era muito mais organizado
que sua célula mambembe e sem futuro. Henrique, feliz depois de ver o sobrinho
sumido procurá-lo, não sabia do plano de Plínio de provocar uma hecatombe com o
White Power. Plínio, o Bertolt, o Danton, era agora um agente duplo, e se faz
de amigo do tio, mas, ao ganhar três rodadas de sinuca do tio, começa a
achincalhar Hitler e Carlos na frente de Henrique, que saca uma arma e é
contido pelos frequentadores do bar em que estavam. O White Power fica sabendo,
e Carlos, um playboy que agora se politizara no meio do White Power, pensa em
dar uma surra naquele que ele sempre teve por um “comunistazinha de meia tigela”.
E sua célula, munida de socos-ingleses, vai atrás de Plínio, que desaparece
magicamente novamente, volta ao Paraguai, vai ao Peru, começa a ficar um
errante sem destino, volta a São Paulo em segredo, e resolve comprar umas armas
para se defender quando o White Power o encontrasse.
E, numa ação infantil e suicida, Plínio decide comparecer à
festa de sua prima Daniela, sabendo que Carlos estaria presente, para provocá-lo,
junto com seu tio Henrique, e decide ir com uma camisa vermelha de foice e
martelo, mesmo com a festa sendo de esporte fino, e só entra mesmo porque era
da família, e é no máximo “tolerado” naquele ambiente burguês.
Carlos vê Plínio e não acredita, um jornalista que também
estava lá também fica perplexo e pergunta a Plínio por qual razão ele tinha desaparecido,
pois ninguém das mídias especializadas nunca mais o tinham visto com sua arte
que alguns diziam ser “promissora”, e Plínio diz ao jornalista que ele não tinha
sumido coisa nenhuma, que Plínio era Bertolt, no que o jornalista quase tem uma
síncope. E no mesmo instante, Carlos dá um salto mortal e acerta um soco na
cara de Plínio, liga para sua célula White Power, que invade a festa com
socos-ingleses e porretes, Plínio sai correndo, vai ao seu carro e pega seu
arsenal, e com dois revólveres, mata três dos cinco White Powers que vinham em
sua direção, com Carlos com um tiro no braço, e Henrique atônito gritando “Heil
Hitler!” no meio da confusão.
Carlos é preso por agressão e Plínio por homicídio, com
alguns, descobrindo que se tratava de Bertolt, se sentindo vitoriosos, pois finalmente
alguém fora louco o suficiente de enfrentar o White Power, mas Bertolt (Plínio)
agora era julgado como um falso Danton da “Revolução”.
02/03/2016. Contos Psicodélicos.
Gustavo Bastos, filósofo e escritor.
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