Auschwitz, o cemitério dos corações.
Não se faz poema com o sangue na pena,
a danação eterna não faz tratado
de pensador,
não se faz poema com faca
e com alfanje,
não se faz poema com adaga
e com cimitarra.
Não há poesia no corpo morto
da estrada.
Não se faz poema com revólver
e com morte.
Não se faz poema na batalha
e na guerra.
Não há poesia no lamento
dos corações desesperados,
tampouco a mixórdia e a barafunda
nos comove a paixão de vida,
não se vê vida no Estado Islâmico,
perderemos a cabeça,
o Ocidente é pecado,
decapitados estamos
sem estudo,
pois não há poesia em Auschwitz,
nem em Treblinka,
nem na neve fria
do peito paralisado.
31/01/2016 Gustavo Bastos
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