“Luz Del Fuego buscou a sua própria verdade, e incitou a
fantasia e a curiosidade de toda uma geração de brasileiros.”
PERFIL DE UMA
LIBERTÁRIA
Dora Vivacqua se
afirmava pela diferença, nunca obedeceu a nenhum padrão, sua luta libertária
fez dela Luz Del Fuego, nome artístico que foi a sua marca no mundo. Figura
extemporânea, Luz Del Fuego buscou a sua própria verdade, e incitou a fantasia
e a curiosidade de toda uma geração de brasileiros.
Mexendo com
preconceitos, sacudia convicções. E sua imagem verdadeira vai muito além da
vendida como a prostituta megalomaníaca, da mulher das cobras, que se utilizava
de um símbolo fálico para dar vazão a sua sexualidade desenfreada. Sua imagem,
contudo, de perto, demonstrava a mulher à frente de seu tempo, pois não era uma
vedete qualquer, que seduzia os homens com gestos lascivos, afrontando a
sociedade, Luz Del Fuego tinha ideias, muitas ideias.
E se pudermos dar um
horizonte intelectual a ela, aqui está um pensamento que envolvia o teatro de
revista, escândalos, nudismo e cobras. Ela era, também, a vermos sua biografia,
a famosa ovelha negra da família, assunto tabu dentro de certas caretices.
Precursora do feminismo e do naturalismo, ela assumiu uma inquestionável
posição de vanguarda em relação a sua época, até se retirar em busca de uma
vida solitária no seu paraíso particular, a ilha do Sol. Seu nome: Dora
Vivacqua, ou melhor, Luz Del Fuego.
PRIMEIROS ANOS
Na adolescência, Dora já não aguentava o
cotidiano provinciano de Cachoeiro de Itapemirim, e tampouco Vitória lhe
atraía, sua vista se voltava para o Rio de Janeiro, aonde lhe parecia haver
mulheres mais livres, na praia. Ali, em Cachoeiro, ser alegre e desenvolta
escandalizava as pessoas. Dora dizia que o mal das moças de Cachoeiro era
acreditar em príncipes encantados. Elas não deviam ler romances de Madame Delly
e não bancar as santinhas.
Dora era audaciosa
nos namoros e no modo de se vestir, abominava o uso do sutiã. E, numa época em
que o biquíni ainda era desconhecido de muitos, ela desfilava pela praia de
Marataízes de calcinha e bustiê improvisado com lenços. No carnaval, suas
fantasias, feitas por ela mesma, eram sumárias e transparentes, fosse de
havaiana ou odalisca, sempre estava com o umbigo de fora. E, além da fantasia,
organizava blocos de carnaval.
Dora começava a sua
busca por algo extraordinário que transformaria a sua vida, e já estava em
choque com inúmeras convenções sociais. Estando em Belo Horizonte, achava a
cidade tão tediosa quanto Cachoeiro. Recrudesciam as desavenças com a mãe, e
Dora já herdava os gestos da vamp Pola Negri, sua atriz favorita.
NO RIO DE JANEIRO, A
LIBERDADE
Dora, já no Rio de Janeiro, conhece o locutor
César Ladeira, celebridade do rádio, numa leitura de crônica na Rádio Mayrink
Veiga. Morar na então capital federal era tudo o que Dora queria, a cidade
fervilhava nos primeiros anos da década de 1930. Na esperança de vencer a
resistência sexual da pequena capixaba e sabendo de suas ambições, César
Ladeira prontificou-se a introduzi-la no meio artístico, e na época o ponto de
encontro ficava no Largo da Lapa. Considerada a Montmartre carioca, ali vivia o
Rio boêmio.
É então que numa
abordagem audaciosa, José Mariano, filho do famoso arquiteto José Mariano
Filho, conhece aquela que ele logo chamou de “Mignon”, Dora. Quando conheceu
Dora, José Mariano era um bon vivant que usufruía as benesses do berço de ouro.
Bem-educado, rico, bonitão, vivia à caça de novas conquistas. O que o atraiu na
então “Mignon” não foi a beleza, pois havia muito a observava, pois Dora
circulava pelos salões com desenvoltura, sem se preocupar com narizes torcidos
ou comentários maldosos, não era uma jovem comum, e apesar das aparências, nada
vulgar.
Por detrás do
sorriso doce, da voz aveludada, era toda feita de ação impetuosa. Tinha o
perfume do escândalo, e José Mariano atiçou o faro para isto. Quanto a Dora, a
constante busca de emoções a fizera se aproximar de Mariano, e logo estava
apaixonada. Os dois, em comum, tinham a voracidade pela vida. E, para Dora,
havia a vantagem de ele não ser uma celebridade como César Ladeira ou Manoel de
Teffé, o que dava a ela a chance de sobressair-se.
FASES DE INTERNAÇÃO, A
HIPOCRISIA FAMILIAR
Ao encontrar o
marido bolinando a própria irmã (Dora) em sua própria casa, Angélica tivera uma
crise histérica, havia muito sabia das infidelidades dele, um mulherengo
incorrigível, com amantes espalhadas por toda a cidade, só que a posição social
e financeira de Carlos, um dos maiores empreiteiros do Brasil na época,
convinha aos seus interesses de mulher ambiciosa, a despeito do desencanto que
era seu casamento.
Pois então, mesmo
ciente da culpa do marido, Angélica achara melhor abafar o escândalo,
internando Dora num manicômio. E, nos dois meses que passou no Hospital
Psiquiátrico Raul Soares, em Belo Horizonte, Dora conheceu o inferno de que sua
mãe tanto falava. Na internação, Dora grita todo o seu ódio, e bate
furiosamente na porta de ferro com as mãos e os pés, “Me tirem daqui!” gritava,
horas depois, sem forças para continuar gritando, fica de cócoras no cimento
frio, a posição é dolorosa, e, para ela, aquilo não passava de um pesadelo.
Primeiro foi o pânico, quando a fizeram trocar o vestido pelo uniforme áspero
de brim, tentando fugir. Saiu correndo pelos corredores, tropeçando nos médicos
e enfermeiros, até que conseguiram agarrá-la com brutalidade. E depois a
arrastaram até o quarto-forte, uma espécie de solitária para as internas
desobedientes, e, depois que saiu dali, percebeu que a realidade é mais absurda
do que podia imaginar.
O desrespeito ali
era a rotina, pois Dora se revoltava com a arbitrariedade das pessoas que
supostamente estão ali para cuidar das doentes. Se não controla o desespero,
tratam-na como louca e lhe aplicam uma injeção para “descansar”. Entorpecida
pela droga, Dora perde o limite entre loucura e razão.
E, em janeiro de
1936, Dora regressava para Belo Horizonte. Mas, o episódio da internação não
amansara Dora, ela estava num constante conflito com a própria família, e Dora os
acusavam de hipocrisia. E, depois de seu irmão Archiles ter a ideia de mandá-la
à fazenda de seu outro irmão Archilau, lá Dora desfrutou de uma liberdade bem
maior do que em Belo Horizonte.
Porém, aquilo durou
pouco, pois Archilau ficou transtornado com o relato de Beg, filho do
administrador da fazenda, de que Dora pediu que tirasse uma foto dela seminua
com duas cobras-cipó, o que causou uma briga entre o irmão e Dora, que resultou
em Dora arremessar um vaso de cristal que deu a Archimedes cinco pontos na
testa e uma cicatriz para o resto da vida. Este entrevero só aumentou o fosso
entre Dora e sua família, e lhe rendeu uma segunda internação.
Desta vez, na Casa
de Saúde Dr.Eiras, famosa clínica psiquiátrica do Rio de Janeiro. Esta
internação não passou, para Dora, de uma pausa letárgica, pois era tal seu
estado de agitação e revolta que, ao chegar à clínica, lhe aplicaram uma dose
maciça de sedativo. Aí foi um círculo vicioso de terminar o efeito do remédio e
Dora voltar mais agressiva do que antes, quando lhe aplicavam outra dose.
Archiles então saiu
em sua defesa e deu um jeito de tirarem Dora do manicômio. Attilio considerou a
atitude do cunhado uma intromissão e ameaçou responsabilizá-lo legalmente por
qualquer desatino que Dora cometesse dali para a frente. “Desatinados são
vocês!” Izimbardo reagiu, cheio de indignação, “Se essa menina precisa de algum
tratamento, não é em um hospício que vai encontrá-lo.”
DORA BUSCA SER ÚNICA,
CONTRA AS NORMAS SOCIAIS
Já com sua irmã
Mariquinhas, que passara também por conflitos com a família, esta se virou para
Dora e disse: “Escapar do cativeiro das normas sociais traz dor e sofrimento.
Você está preparada para isso, minha querida?” Mariquinhas fez esta pergunta já
sabendo o futuro, pois Dora jamais se deixaria submergir no mundo das pessoas
comuns, para ela, a busca da individualidade representava mais do que mera
libertação da tutela familiar, vinha da infância sua vontade de ser única,
inconfundível, de brilhar em todas as circunstâncias, a qualquer preço. E
ninguém iria detê-la de seu destino.
Dora, a esta altura,
sonha com o Rio de Janeiro. De volta a Cachoeiro, Dora arquitetava a sua fuga,
fazendo a estratégia de não provocar problemas familiares. No Rio, Dora vai
para o pensionato Colégio Imaculada Conceição. E foi num Rio de Janeiro ainda
sobressaltado pelo golpe de Getúlio Vargas, em novembro de 1937, que Dora começaria
a viver a sua aventura, já à saída do Ministério da Agricultura com um sorriso
dizendo que será inscrita no Aeroclube para tirar o brevê. Dizendo que logo
estaria pilotando um avião.
E, novamente num
caso com José Mariano, este se prontificou a dar tudo do bom e do melhor para
Dora, sendo esta instalada no sofisticado Edifício Netuno, em Copacabana, o
apartamento era um luxo, e Dora ainda era cumulada de presentes e mimos. Sem
preocupações com dinheiro, Dora dava asas à sua imaginação e ambições.
A DANÇA DO FOGO
E as desavenças
entre ela e José Mariano começariam quando Dora decidiu fazer um curso de dança
na academia de Eros Volúsia, pois Dora se fascinara com os bailados
afro-brasileiros da conhecida bailarina, pois a dramaticidade de A Dança do
Fogo numa temporada que ela acabara de fazer no Teatro Carlos Gomes deixou Dora
impressionada, atraída por bailados exóticos, que estavam revolucionando os
palcos cariocas com coreografias estilizadas. O fim de seu caso com José
Mariano se deu, por conseguinte, quando Dora flagrou o encontro dele com uma
louraça platinum-blonde, ali cada um seguiu seu caminho.
A ideia da dança
para Dora virou algo concreto, mais do que mera fantasia, pois começou a sua
vida artística como Luz Divina, dançarina com suas incríveis serpentes. Com
movimentos nem sempre graciosos, sua expressão corporal compensa tudo com uma
carga erótica que conquista o público. E, até Dora se entender com as jiboias,
foi uma luta. Mas, no fim, seu corpo estava em paz com o bailado entre as
serpentes. E, para alegria de Dora, os jornais noticiaram o fato, as cobras
começavam a lhe dar a notoriedade sonhada.
E, enquanto isso,
Dora também escrevia um romance, no seu constante conflito com a hipocrisia
social, o que resultou num primeiro livro, a história de uma prostituta que
busca senda da regeneração, livro literariamente fraco, mas que tinha toda uma
crueza de linguagem, com descrições de cenas sexuais, fantasias eróticas e
lesbianismo, e quando Trágico Black-Out foi publicado, em 1947, Luz Del Fuego
começava a aparecer nas crônicas mundanas.
A fama da exótica
bailarina chegara aos teatros da cidade. E a mudança de Luz Divina para Luz Del
Fuego veio da marca de um batom argentino, e para Dora, a imagem do fogo
representava sua nova opção de vida, ela que antes era “água viva”, de
Vivacqua.
E, mais adiante, a
primeira metade da década de 1950 foram os anos de Luz Del Fuego. Todos
conheciam a vedete que enlouquecia o Brasil, ela era o demônio vivo que
desafiava as autoridades, a Igreja e a família, ocupando as manchetes de
jornais e revistas, o nome de Luz Del Fuego deixava sua marca na cultura
brasileira naqueles tempos.
O grande salto na
carreira artística de Dora foi, portanto, no seu encontro com Walter Pinto, no
Teatro Recreio, o arrojado empresário que vinha inovando no teatro brasileiro.
Ao contratar Luz Del Fuego, Walter sabia que seus espetáculos deveriam abranger
todos os gostos, então Dora estava ali com ele, além de outras vedetes como
Virgínia Lane, a maliciosa, Mara Rúbia, a brejeira, e Dercy Gonçalves, a
escrachada. E a exótica Luz Del Fuego era garantia certa de bilheteria, em meio
disto.
E, com Walter Pinto
tentando capitalizar a rivalidade entre as vedetes, se instaurou a briga entre
Luz Del Fuego e Elvira Pagã. Walter deliciava-se com essa disputa e jogava mais
lenha na fogueira. As manchetes dos jornais e revistas estampavam o palavrório
entre as duas, enquanto a venda de ingressos triplicava. No rastro do sucesso,
também vinha muita censura, com multas e interrogatórios com a delegacia de
costumes, sendo até detida por desacato à autoridade em altercações públicas. Amada
pelo povo e odiada pelos moralistas, Luz descobria na legenda do escândalo o
caminho mais curto para a fama.
O CAMINHO NATURAL DE
LUZ DEL FUEGO
Luz Del Fuego, já
depois de famosa, começou a difundir a sua nova filosofia naturalista, que
tinha a culminância com o nudismo, o hábito de ficar nu nas praias. Mas, não
foi fácil para Luz conseguir adeptos desta nova filosofia e prática, apesar de
estar fascinada com o que lia nas publicações, especialmente nas revistas
alemãs.
Começou reunindo um
pequeno grupo de amigas na praia da Joatinga, e para convencê-las a ficarem
nuas, Luz discorria sobre os benefícios dos raios solares no corpo nu, tomando
como exemplo famosas praias da Europa como Biarritz. E como pioneira do
naturalismo na América Latina, havia a chance de seu nome ficar conhecido
internacionalmente. Para isto, passou a pensar em empreender o que ela viria a
chamar Movimento Naturalista Brasileiro e fundar um clube de nudismo nos moldes
europeus.
E, então, publicou A
Verdade Nua, livro autobiográfico onde lançava as bases de sua filosofia
naturista. Resultado: a publicação foi apreendida, considerada pornográfica.
Luz então fez uma segunda edição vendida por reembolso postal, e com o dinheiro
arrecadado pretendia arrendar uma ilha do governo para nela fundar a sua
sonhada sede do seu clube naturalista.
Depois de um
estardalhaço em sua tentativa de fundar o Partido Naturalista Brasileiro, Luz
ainda enfrentaria intensa luta para obter a cessão de uma ilha para sede de sua
colônia. Ela conseguiu, e seu novo endereço era a ilha do Sol, em plena Baía da
Guanabara. O lugar era inóspito, mas Luz estava decidida em transformar aquilo
num paraíso nudista.
Luz então passou a
praticar o naturalismo como uma religião, não comia carne, não tomava bebidas
alcoólicas e evitava refrigerantes, e para manter o bronzeado indígena que
tanto perseguia, tomava longos banhos de sol, e gostava de pescar e nadar, e
agora dedicava a sua vida a fundar o Clube Naturalista Brasileiro. O clube, já
fundado, tinha registro na Federação Internacional Naturalista da Alemanha, e
alcançou, no seu ápice, entre 1955 e 1961, a marca de duzentos e quarenta
sócios, e a organização era exemplar, e a divulgação do clube era feita por uma
revista publicada todo mês de nome Naturalismo.
DECADÊNCIA E TRAGÉDIA
No fito de aperfeiçoar as instalações da ilha,
após o ápice de seu sucesso, Luz foi ficando no limite de suas reservas
financeiras, e o Ministério da Marinha passou a ameaçar cassar a cessão da
ilha. Porém, seus esforços não deram muito certo, e Luz, com o fechamento do
clube, os sócios sumiram, e o ostracismo e a decadência física eram a negação
de tudo que Luz sonhara para si na vida. Cada vez mais isolada na ilha, suas
aparições públicas também rareavam. E a ilha já não era um lugar seguro, pois
com o clube fechado, sua vulnerabilidade aumentara, e a visita de sócios foi
substituída por indesejáveis ladrões e arruaceiros que invadiam a ilha com a
intenção de violentar Luz, ao que ela comprou uma arma para rechaçar as
investidas a bala.
Foi neste período
que Luz entrou em confusão com lambaceiros pescando com bombas, briga que
resultou na ameaça destes de dinamitar a ilha do Sol, e Luz pediu socorro na
ilha do Braço Forte que era dos guardas portuários. Luz Del Fuego, depois
disso, já estava há uma semana desaparecida, foi quando Mauro Dias recebeu na
redação do jornal O Dia um misterioso telefonema, este era de um coveiro que
deu a notícia: “Foi o Gaguinho. Ontem de madrugada ele, bêbado, olhos
esbugalhados, gritava que nem doido pelas ruas do bairro: Meu diabo deu força e
eu matei a mulher das cobras.”
Luz tinha sido morta
a pauladas e com um corte no peito, seu corpo deixado atrás de uma pedra na
beira da praia da ilha. Segundo o relato: “Metade das coisas que falam por aí é
pura lenda. Que eu sei, ele matou com uma peixeira, o Dodô, (...) depois foi um
tal de Zé Trinta-e-um, (...) e um mendigo que perambulava por São Gonçalo, de
nome Zé Aprígio etc.” O relato foi prontamente confirmado pela maioria dos
moradores dos mangues do fundo da baía de Guanabara.
E ainda corriam
histórias fantásticas sobre Gaguinho, o “homem-diabo”, de que ele tinha o corpo
fechado, que nos tiroteios um patuá em seu pescoço evitava que este tomasse
tiros, com metralhadoras da polícia engasgando etc. Na sua casa, no Pontal,
tinha um altar com uma estátua do Satanás ao centro e, ao fundo, um letreiro:
“Vocês vão com Deus que eu fico com o Diabo.” Diziam ainda que ele tinha um urubu
e um cachorro e uma cadela com os nomes de Lúcifer e Desgraça.
Tudo isso não
passaria de lendas, à primeira vista. Mas Mozart Teixeira Dias tinha uma ficha
policial de condenação por dois homicídios e uma passagem pelo manicômio
judiciário. E, na manhã seguinte ao relato, eis que a cidade do Rio de Janeiro
era despertada com os gritos de: “Extra! Extra! Luz Del Fuego assassinada!
Gaguinho mata a nudista da ilha do Sol!” O jornal O Dia dava, em primeira mão,
o furo jornalístico.
E, no reino
paradisíaco da ilha do Sol, resta o desenho de duas serpentes no terraço da
casa em ruínas, nada lembrando a presença de Luz Del Fuego, aonde apenas as
gaivotas e o marulho do mar evocam a sua memória, a bailarina do povo e sua
dança e militância naturalista estão em todo ímpeto de libertação, e quando se
falar em liberdade, se fale também em Luz Del Fuego.
Gustavo Bastos, filósofo e escritor.
Link da Século Diário: http://seculodiario.com.br/24778/17/luz-del-fuego-perfil-de-uma-libertaria
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDiego, muitíssimo obrigado pelas palavras, seja bem-vindo ao meu espaço, abraços.
ResponderExcluirJá li muito de Luz Del Fuego mas este artigo é o que há de mais fiel ao que foi essa fantástica mulher. Texto impecável. Brilhante.
ResponderExcluirObrigado!
ResponderExcluirObrigado!
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