Se assim escapo, noutra sala de música,
com o fel desesperado do odor,
fico louco ao resto que fica.
Se, de tonto e doido,
frases saem do compasso,
o dia ri de histérico
como o meu sol.
Lado de outro dia, como no absinto.
O roto tempo delgado
das âncoras de meu sol,
como na iluminura.
Ilumina, do sal à terra,
funda lama opaca da sala de música,
contorce o vento, engole o tempo.
Se assim posso me emoldurar,
quantos ases findos de voo noturno
serão ao mais fundo céu
a flor de minha primavera?
Guarda a tua rosa vítrea,
que de caos somos feitos,
como o estio do coração
é o tormento.
23/06/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
domingo, 29 de junho de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário