Cai uma cascata de minha boca,
eu tenho esse escarlate em meu dorso,
bruma ferina de sentido azul,
clara santa figura de um santarrão.
De minha glote a voz metálica,
eu dou um pulo n`água no frio denso.
Se o poema sevicia minha entranha?
Como não me furtar, se ao olho misterioso
a paz murmura sua defecção,
tenho o acólito dos anátemas,
os gritos dos apóstatas.
Cai uma nuvem de meu nariz,
com o dorso em fúria
por uma guerra fraterna,
e o olho firme
que na solidão
do suicídio
encarna o sol tépido
com a face retesada
de um delírio de cocaína.
Se o poema confirma minha esperança?
O tenho verde, qual musgo
ou mata densa.
26/06/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há 2 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário