Lembro-te, do cais ao pacífico luto,
verve funda da tempestade,
com o ócio sortido em flecha.
Noite de trópico, calado o areal,
sede da montanha,
montes sequiosos
de altiplano,
mármore de granito
no poema
bruto
e forte.
Lembro-te do dia finado:
com o poema tenso como cordame,
vetusto no umbral desconhecido,
como é de se ver no sal taciturno
que o sangue exangue exala
de perfume e sândalo,
os olhos veem,
e o coração vívido
permuta
sua dores
com o canto frívolo
de versos escandidos.
13/03/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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