Dance, menina. Largo-te no imprevisto.
O verso controla a voz poética,
sempre-viva, langores de carne.
Dance à noite inteira,
feroz suicida!
Na cata ao verso, plenilúnio solfeja ritos.
Os poemas, uns palavrões,
doses sequiosas no fundo dos olhos.
Eu lembro dos ataques,
dos contra-fortes absurdos,
da retaguarda protegida,
lembro da anarquia,
dos despotismos,
dos esquizos,
dos risos,
lembro dos olores extasiados,
dos quartos zoneados,
dos papéis manchados,
do sangue caindo das mãos,
do tempo retirado
nas lidas hercúleas
que a nua e crua
fatalidade
eclodiu
de tanta
exaustão.
16/03/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
domingo, 16 de março de 2014
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