Paisagem fluida, a imagem do êxtase
fere o corpo mortificado,
dá um nó nas pernas,
os braços estão moídos,
a barriga dura,
a cabeça nervosa.
O corpo, ferido,
contempla.
De dentro de si
cala,
o verbo é espada,
corta.
Duas cores:
preto, branco.
A película é estranha,
o corpo ferve,
anoitece,
fenece,
se esquece.
Paisagem fluida,
o êxtase amanhece,
não mais corpo
em se conter,
só o contentamento
da contemplação,
uma luz e seu amor,
um tempo que faz calor.
15/04/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
Há um dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário