Nau imperturbável, que sopra o vento
no poente, lua que é porta reluzente.
Vejo o teu ser na sombra
do corpo morto,
jazigo de minha entranha,
fogo do meu espanto.
A nuvem, serpente de brasão,
desce ao caos do holocausto,
um novilho e seu sangue,
na dor da prata da lua
como antecâmara da alvorada.
Vai a flor a cada instante,
lembro-me do fulgor
com que ia tal estrada,
flor de melancolia
morre desusada,
nua flor da fria noite,
qual flor imaculada.
14/03/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
sexta-feira, 15 de março de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário