Quando o tempo se abriu,
eu vi claro o sonho vítreo.
Passou em mim a totalidade
como uma certeza de ser absoluto.
Cada instante como engrenagem
de uma grande máquina
pensante chamada universo.
Os livros que li formando
mapas infindáveis
na minha cabeça,
ouvindo o meu próprio ser
com o sentido fundante
que nunca se pega
senão no sopro do vento,
os significados e sons
conjugando
um grande sistema
onde
estou acompanhado
de fantasmas e pessoas
no imenso entorno
do meu corpo
onde eu estou e sou,
e a vida pulsando
austera como um relógio
ritmado com
a batida
do meu coração.
10/11/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 5 semanas
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