Vejo, com as mãos livres,
o céu dardejar
na nuvem
uma estrela
calma.
E nós, viajantes do tempo,
reconfortando o corpo
numa flor despida
de dor,
despida e fértil
como a vida luminosa
que esquenta
os topázios,
que rege a fauna
na mordedura
dos astros.
As asas semeiam loas
videntes como as vozes
revividas de um
hausto glorioso,
e o corpo da glória
seria a vestimenta
dos fortes
quando
o sino toca
a hora
do destemor.
Leve a plumagem sonora
de seus lenhadores,
cordas amarradas
para sulcar os troncos
da nau itinerante,
vinho temido de vigor
nas sete quedas
do amor.
Os navios naves navegam
nuvens necessárias.
Os calores são amores
que fundam
o sentimento
nobre.
Indo fundo na alma agreste
dos desertos,
encontro qual diva
certeira
em meus sonhos
de leveza.
Onde mais o canto das auroras?
Ressoa febre na liberdade
com a liberdade livre
dos libertos,
e a vida é a História
em matizes de coração.
14/08/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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