Onde a louvável juventude
se abriu em vestes vetustas?
Como se abre o dia
e a ventania se abre.
Onde a visão da bruma
inda nua anda na rua.
De ontem ou nunca
se fez poema.
Uma nuvem vestiu-se
de tempestade
na meia-noite
da areia.
O tempo de clausura
onde os versos
explodem.
O tempo de amargura
onde o poeta
implode.
Quantas são as nobres ambições?
O que quero quando verso?
Quais versos eu quero perto?
Não sei de nada deste vil sonho
de poeta e poesia.
O poema é um estalo
da vida
que o pensamento
cobre de relva.
02/04/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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