A flor jazia na penumbra,
o coração das feras
devorava o poema.
Azul, cinza, negro.
Esta gradação era a visão
que tive ao me enforcar.
Dez tigres, quinze leões,
uma onça e uma pantera.
As feras devoravam
Deus e o Diabo.
A guerra das feras é o sustento
da anarquia dos prazeres,
prazer da carne,
prazer do espírito,
feras resmungando
suas presas.
Caça e caçador
e um dilema de
morte ou vida
nos dentes
do fim do mundo.
Caos e amor se encontram
no banho de sol,
a flor renasce das trevas
e as feras viram pássaros.
11/10/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 5 semanas
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