Ali, onde a última perda se deu,
num átimo, abriu-se a clareira.
Quem é de família?
Perguntou um coveiro.
Decerto perdeu-se em devaneio,
e com o ramalhete embebedou-se
de pranto.
Faz tempo que a escarlate de rubores
derrama,
foi-se embora um dia azulado,
e o sangue deleitou-se no carmesim.
Ali, onde a última dor se deu,
é o lugar de um advento
que nunca veio,
onde a alma do artista
nunca nasceu.
Pois é o que se dá no último dia
de uma vida,
o langor do arrependimento
com as trevas de uma estaca.
Partiu-se um coração em farelos
e a poesia chorou.
Eis o sono sepulcral.
Quem sou eu?
Há uma semana
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