De que vale um tostão à toa na noite dos nababos?
Quem vem? Se minha pátria é um dia morno,
Quando esperava o instrumento musical,
Quando esperava a mulher ideal,
Quando roubei ouro insano
Para umas férias no sal das minhas retinas,
Doido por me valer da vida
O máximo de loucura que se é capaz de ter,
Para se ter todas as certezas do mundo
Num só milagre que gritou no meu estômago.
As vozes repetidas, cavalos em meu pátio,
Desonra infinita e meus nervos mortos,
A pele sufocada numa imagem qualquer
De arte velha.
Eu descobri o mundo:
São vários míseros campos desolados,
Raízes de almas arrancadas,
Guerra do orgulho que há nos fuzis,
Venenos em mãos de desgraçados,
E um tanto de gosto popular
Nas voracidades do açougue diário.
Veja o sol: ele se virará contra todos
Os que dele blasfemam,
Até queimar o mundo inteiro.
Quem sou eu?
Há 2 semanas
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