A tormenta vaza aos sentidos,
Dou uns trocados para os bárbaros,
Segredo enfadonho de todo verso,
Crítico estourado, indigente das fábricas.
Paraíso deste mundo vagabundo,
Potrancas se organizam e se balançam.
Noite de dançarinos vorazes,
Milagre das oferendas,
O que os deuses comem,
Esses manjares de ócio.
Há muito tempo está escrito,
Na praia de todas as almas,
Velas de umas rezas levantadas.
O que sobra aos batuqueiros,
Danças dessas moças.
Em torno dos altares que fulguram.
Belas vestimentas, alvas de tão puras.
O que é certo avulta no desfecho da obra.
Ao que é de morte gritou a vida.
Pelo que a esperança professa,
Tenham no coração o espírito da verdade.
Que o poema não seja apenas um jogo,
Pois a vida é que se revela.
O canto das perdições, das dores ocultas.
A divindade que me pegou era um orixá.
Tenham lenha para a fogueira,
As danças marcam os trabalhos,
Vamos fazer uma oferenda,
Para a vida da floresta.
Que batam os tambores!
Quem sou eu?
Há 2 semanas
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