DA ARTE MORIBUNDA DE NOSSA ÉPOCA
A arte morreu de tanto que foi desprezada,
A arte terminou porque não nasciam os sustos.
De tanta arte que agoniza na mediocridade,
Os mecanismos de uma morte sem arte alguma
São os lugares da mesmice burocrática.
Minha identidade foi jogada no asfalto,
Na pressa atravessando as ruas.
A arte é um problema psiquiátrico,
A arte é uma mula que empacou,
Minha arte se dana toda no inferno.
Não tenho tempo para reclamar nesta estória,
Com o que não peço uma morte lenta,
Pois tudo grita dentro de mim,
Como o poço em que mergulho e fico louco,
Como esta arte tão amada e execrável,
Como uma noite de vertigem romântica.
A doença da inspiração se interrompe,
A triste arte cai moribunda.
Arte infestada de ignorância,
Arte repleta de tolices,
Um antro de imagens perdidas,
Os artistas também morreram.
A desordem contemporânea virou um saco!
Por que ser arte nula no tempo?
Pois quero tudo e então eu corro.
Mas a arte que se joga do penhasco,
Me atrai como uma deusa cheia de veneno.
Quem sou eu?
Há 2 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário