Versos que campeiam o gráfico, puro malte esteta,
na verve mordida dos haustos metafísicos.
A parte um, um cabedal dos horrores,
os fantasmas e seus contistas.
Na babel, em roto canto de um rapsodo louco,
sapientia se maravilha em hexâmetro espondeu.
Lota de elfos, fadas, uns marfins, fumo,
fuzis e cartuchos. O poeta é um que faz
fantasia com o cano fumegante e a bala.
Na parte dois, este mesmeriza a astúcia
em sua própria garra, faz do veneno
que prova de seu veneno um antídoto.
O mundo mau é apenas uma súcia
de idiotas indo à pique.
Nas festas de sangue, o patíbulo estalava.
Um parque de cabeças mortas,
pelas espadas e pelos canhões,
os ossos decorando a tomada
do poder, um demagogo
derruba um déspota,
o mundo mau feito piche
envenena o solo, é o montante
famigerado da História
e de seus tiranos que morrem
de surra ou de bala.
Capítulo final,
a bomba.
29/08/2024 Monster - Gustavo Bastos
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